A LogiTrack é uma empresa de transporte rodoviário de médio porte que opera há quinze anos no setor logístico brasileiro. Sua principal especialidade é o transporte de cargas sensíveis — equipamentos eletrônicos, medicamentos e alimentos refrigerados — que exigem monitoramento contínuo de temperatura, vibração e localização.
Com uma frota de 120 caminhões e centros de distribuição em São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, a empresa cresceu rapidamente, mas enfrenta um problema recorrente: falta de rastreabilidade confiável e controle sobre as condições das cargas em trânsito. As perdas anuais com produtos danificados e atrasos somam aproximadamente 6% do faturamento, e o aumento da concorrência digital (com players altamente automatizados) coloca em risco sua competitividade.
No início de 2025, o conselho da LogiTrack decide criar um programa interno de inovação tecnológica, o Projeto Atlas, com o objetivo de implantar uma solução de Internet das Coisas (IoT) que permita monitorar, em tempo real, toda a operação logística. O desafio: transformar caminhões comuns em unidades inteligentes, capazes de coletar, transmitir e analisar dados durante o transporte.
Na primeira reunião do comitê de tecnologia, o CEO, Henrique Duarte, expõe a questão de forma direta:
“Nós temos sensores isolados, rastreadores GPS que funcionam mal e planilhas desconectadas. O problema não é só técnico — é sistêmico. Precisamos de uma arquitetura que una tudo isso. Quero um ecossistema inteligente, não um monte de dispositivos sem propósito.”
O desafio passa a ser compreender o que realmente é um sistema IoT e como desenhar sua estrutura básica para atender aos objetivos estratégicos da empresa. O time técnico percebe que, antes de falar em hardware, protocolos ou dashboards, é preciso entender a arquitetura como um todo — as camadas, fluxos e componentes que formarão a espinha dorsal do sistema.
A equipe é composta por profissionais de áreas distintas:
Esses quatro profissionais formarão o núcleo do Projeto Atlas — e, ao longo das próximas semanas, representarão os diferentes pontos de vista técnicos que o aluno acompanhará.
A tarefa inicial do grupo é mapear como os dados fluem dentro de um sistema IoT. Para isso, Marina propõe dividir o projeto em três grandes camadas: